quinta-feira, 22 de julho de 2010

Pesadelo

Sonho que você é meu e morre.
Choro.
Acordo.
Tudo era um pesadelo!
Graças à Deus!
Você não morreu!
Mas, também nem é meu.
Choro.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Estática

Eu devia ter ficado acordada
Mas
Passei muito tempo adormecida.
Anestesiada.

Você levantou
Eu devia ter ido atrás
Mas
Fiquei deitada.
Inerte.

Você foi embora
Eu devia ter levantado.
Preguiçosa
Fiquei parada
Atônita.

Você desceu as escadas
Eu devia ter corrido atrás
Mas
Sentei
E me mantive sentada...
Confusa, imóvel.

Pela janela
O vi passando pelo portão
Eu devia ter gritado
Eu te amo bem alto
Mas
Eu
É, eu fiquei calada.
Estática.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

O dia em que o tempo parou

Aquele dia
o tempo parou.

Eu e você.
O mundo parou
Só nós existíamos
Não sabia então
o poder que os braços de alguém poderia ter.

Nos teus braços
abraços
e o tempo parou.

Até mesmo o tempo
que não perdoa ninguém,
contraditoriamente,
cura tudo e
faz esquecer.

Até o tempo
que é eterno
incessante
que marca
cada segundo,
milésimo,
milésimo de segundo.

Até o tempo,
aquele dia,
parou.
Parou mais uma, duas vezes
Prá nunca mais parar.

Nunca mais o tempo parou.
Fico esperando a hora em que o
tempo trará minha cura.

Deus Cronos!
Faz-me esquecer das pausas do tempo.