sábado, 30 de janeiro de 2010

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A única coisa que conheço suficiente sou eu, não diria bem, sou confusa e meio volúvel(em relação a idéias), mas, das coisas que eu menos sei a que mais sei, sou eu. Não sou dissimulada pra tentar mostrar aquilo que não sou. Todas as vezes que eu disse sentir algo, eu realmente senti, naquele momento. Até planejei sentir por mais tempo. Eu tentei, tentei me interessar por coisas e pessoas que eu achava que eram boas pra mim. A semelhança entre essas coisas/pessoas que tentei(tentei mesmo) me interessar é que eu quis, e essas coisas a gente não quer, não escolhe. A gente, simplesmente se interessa. É o feeling, entende? Eu sei que eu fui errada em querer achar nos outros a cura pra minha carência. Foi bem errado isso e eu me sinto mal, por que eu já sofri um bocado e sei como é. Agora, eu acho que eu até entendo aquilo que um dia me feriu. Eu me sinto uma bosta por ferir também e sinto melhor por saber que pode ter doído mais nele do que em mim. Pode acreditar, eu sofro mais. De certa forma, eu gosto muito dessas coisas/pessoas, mas, não é o que o cosmo quer. A gente não deve contrariar a lei do cosmo, ele tem planos pra mim e pra todos. Eu não sou de todo mal, não sou, não, acredite. Te desejo todo bem do mundo, até mais que pra mim. Só assim doerá menos aqui. A gente não deve esperar que as coisas aconteçam, elas acontecerão, não é necessário se desesperar. Eu sou egocêntrica, mas, não sou egoísta. O meu mundo é o meu lugar preferido, mas, não hesito em querer bem e fazer, quando eu posso. Eu gosto do inesperado, improvável e coincidências. São extremamente interessantes! Eu sou jovem demais, tenho medo de envelhecer e gosto de música. Desculpa, mas, eu sou como o CFA, não entendi ainda a macrobiótica dos sentimentos. Não sei identificar o Yin e o Yang, confundo. Não espero que entenda, nem me sinto à vontade de falar com você, ainda. Me sinto mal. Não sou santa, nem demônio. Sou humana, erro. Odeio mentir e não firo de propósito.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Loucura é amor demais

Há algum tempo eu tenho colhido trechos meus, aqui e ali, juntado e feito alguma coisa. Tanto tempo que escrevi algo, principalmente a punho, e também, como comentei com um amigo, não andava triste o suficiente. O tráfego de pessoas nessa casa aumentou, na verdade, ainda não tinha ficado só, é só ficar pra ficar mal o bastante, pensar e escrever alguma coisa, e eu precisava. Precisava ficar só e escrever alguma coisa. É um dia de chuva, tem chovido nos últimos dias, acordei hoje e vi o céu negro, tava muito, muito frio, dava vontade de ficar na cama o dia todo. Não sei se por causa da chuva, nem entendo por que seria, mas, nos últimos três dias, eu tenho sonhado com a mesma pessoa. Deve ser a época do ano, janeiro é um mês bem complicado, você costuma me aparecer em janeiro, dessa vez, foi por sonho. Eu não passo o dia alimentando esse sonhos, fico pensando na merda que é gostar/amar/querer, essas coisas. De repente, você sente a necessidade de tá perto de alguém que não necessariamente sente de tá perto de você e nunca deu motivos pra gostar dele, pode até ter dado, afinal, sempre há um motivo, mesmo que seja só na SUA cabeça. E você desperdiçou todas as chances de se aproximar e de fazer ele também "gostar" de você. Agora, fica aí chorando o tempo perdido. No entanto, foi por não saber que eu fiz e disse nada. Talvez, uma palavra, um gesto, um "oi, o que cê tá ouvindo? Posso sentar?", um toque, um carinho, teria mudado nossos roteiros. Demorei demais pra fazer alguma coisa, quando fiz, era tarde demais. Da segunda vez, demorei também e você foi embora. Se eu soubesse o que precisava fazer pra você ficar, eu teria feito. Se precisasse de casa, eu teria feito quatro andares em 24 horas. Então, procurei todas as razões pra odiar você, dei com os burros n'água! Nunca consegui. Isso é uma merda! Porra! Isso é uma bela de uma merda! Taí, todo mundo tem um problema, né? Eu tenho um problema... Esse é o meu problema. Eu fico sonhando com um cara que tá nem aí pra mim, eu nem sei onde tá, ou fazendo o quê. Acostumei ser chamada de louca por esse e outros motivos. "Cê tá louca? Cê num pode pensar assim! Tem que tirar isso da cabeça!". Por que, hein? Louco, louco, loucura. Louco não pode amar? Os loucos também amam. Por que você acha que os loucos são loucos? Loucura é amor demais.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Um pouco de ilusão otimista

Acordei
Ainda não parei pra pensar o quanto isso é ruim
Mas, acordei.
Não tem ninguém aí fora
Ou aqui dentro.
Casa vazia.
Cama vazia.
Mãos frias e vazias.
É tudo branco aqui
As paredes, os lençóis
A camisola.
Eu gosto e não gosto de tudo branco.
Gosto por que me sinto leve
Não gosto por que parece hospital
Fechado, assim, parece manicômio.
A Rádio toca uma canção antiga
Não antiga em mim
Antiga mesmo, velha.
The guitar man...
Cantarolo, canto
Sempre canto
Desde muito pequena, canto
Nem bem, nem mal
Só canto.
“He can make you laugh
He can make you cry
He’ll will bring you down
Then he’ll get you high...”

Cigarro, cigarro.
Preciso de cigarro.
Amo tanto você.
Você nunca leu nada que eu escrevi
Nem lembra de mim, eu acho.
Como o amo!
Amo tudo que vem de você.
Até essa ausência , eu amo!
Por que é sua e contemplo como fosse algo digno de adoração.
E o espero
Mesmo sabendo que é em vão.
Espero como ontem
E sempre.
“Who’s on the Radio, You go to listen
To the guitar man...”
Eu amo você.
Vou esperar.
Talvez, não chegue. Não, nessa vida.
Mas, você vai chegar.