quarta-feira, 31 de março de 2010

rápido e suficiente

Não vou tentar mais, eu desisto pela última vez. Cansei de desistir sempre. Mas, eu sei que você vai me beijar esta noite, este sonho. Amanhã eu vou acordar com os olhos brilhando e com as esperanças renovadas. Te amo, Jonathan. Tanto! Você nem sabe, ninguém sabe o que eu já pensei por você. Ninguém.

terça-feira, 23 de março de 2010

Sobre Heloísa

Eu sinto demais, saca? Finjo que não sinto. Ando mistificando fatos, fantasiando. Dessa vez a fantasia tem sido mais racional, algo social, ou político. Econômico, talvez. Também.

Mas, quando a grande Heloísa resolve entrar em ação, acaba com meu ego, me dá uma baita de uma ressaca moral. A racionalidade foge de cena. Entende?

Queria falar com ela. Mas, quando ela chega, eu vou embora. Minha razão vai embora, às vezes, ela chega do nada. Ela vai me matando sempre, sempre. A neve não veio, nem a chuva veio. Não sei se vale a pena proteger quem não precisa de proteção. Quem sabe fosse melhor não chamar a neve e dizer de uma vez e xingar e gritar? Quando Heloísa vem, eu perco os sentidos, perco o senso, acho tudo normal. Mas, nem Heloísa resiste a proteger. Nem Heloísa. E olhe que Heloísa não respeita ninguém. Heloísa não tem pudor. Mas, ela vira pudor, proteção, medo. Heloísa não ama. E até Heloísa vira amor pra/por ele. Não quero mais que Heloísa venha. Ela me faz lembrar de coisas que eu não gosto de lembrar. Lembrar que eu ainda quero algumas coisas e que ainda há vida em mim. É tão esperançosa. Eu nem acredito que ela possa ter isso, saco! Heloísa, porra! Vá se foder, sua vaca! Vá embora, não precisa de você, nem de mim, de nós, de ninguém.


quarta-feira, 17 de março de 2010

Game over

Eu não planejava me apaixonar nos próximos dez anos, pretendia que tudo fosse quieto, sem emoções. Me mantive apática a todas as possibilidades de amor, não me permiti envolver com pessoas que sei que teria dado certo. Por muito tempo, quando sentia aquele friozinho na barriga, eu já dava o fora, quando desejava tá perto de alguém, já tentava não pensar nele. Entrei num estágio em que eu queria vingar-me de todos os homens e fazê-los sofrer da mesma forma que eu já sofri. Comecei a aprender joguinhos de sedução, olhares, bocas, usar de tudo o que eu já li/vi/ouvi pra brincar de conquistas e de mulher fatal de batom vermelho, cigarro na mão e um copo de vodka. Não sei se foi ter deixado o batom vermelho de lado, ou ter parado de fumar que fez as coisas desandarem, talvez, vai saber. Eu sei que antes que eu pudesse me esquivar, me armar toda e fazer tudo como de costume, eu já tava no jogo de outra pessoa, não era o meu. Eu tava descuidada e fazia tanto tempo que não me interessava por nada que esqueci quando as coisas passavam a ficar perigosas. Quando percebi já tava lá dentro e só podia sair no final do jogo, precisava batalhar, sobreviver, lutar e fazia tempo que eu não guerreava... não no play 2, eu só jogava no play 1 e os meus jogos. Tava jogando um jogo diferente e a preferência sempre é do play 1... eu não tinha muito o que fazer, a não ser jogar com ele. Passamos todos os estágios do jogo, ele sempre ganhando de mim, eu cada vez mais fraca, com o "life" acabando. Chegou a batalha final e ele me venceu, eu teimosa, fui no "continue". Ele já sabia os meus pontos fracos no jogo, ficou mais fácil, chegamos ao último estágio de novo e ele me derrotou, again. Fiquei lá no chão tentando me recuperar, ainda tentaria o "continue" mais uma vez, mas, agora era "GAME OVER". Na minha tela, na minha mente, eu li: "YOU LOST, GIRL, HE'S THE WINNER!"