tag:blogger.com,1999:blog-63072830958191490542024-03-05T07:14:49.143-08:00Tudo é maya/ ilusão"É preciso estar distraído e não esperando absolutamente nada. Não há nada a ser esperado. Nem desesperado. Tudo é maya/ilusão. Ou samsara/círculo vicioso". CFAIsabela Cabralhttp://www.blogger.com/profile/15656849232221871303noreply@blogger.comBlogger53125tag:blogger.com,1999:blog-6307283095819149054.post-44911891350041328442014-04-12T16:42:00.000-07:002014-04-12T16:42:19.416-07:0000:00Moço<br />
Você vê o que fizeram de mim?<br />
Sentada<br />
Na merda<br />
Sem ninguém, sem amigos<br />
Sem dor<br />
Ou algo que faça alguém se sentir vivo.<br />
<br />
Eu nem sempre fui assim<br />
Foi um longo caminho até aqui<br />
Dancei muito tango na merda<br />
Espalhando essa bosta por aí.<br />
<br />
Cara,<br />
Essa tal paz aí,<br />
Você não vai achar.<br />
Que mania absurda de pensar<br />
que a sua paz tá em outra pessoa!<br />
A paz é solitária<br />
E você não vai achar<br />
em nada, ou ninguém.<br />
É tudo inside!<br />
Não há ninguém<br />
Não há Deus<br />
Não há cartão de crédito,<br />
Não há álcool,<br />
Não tem cigarro.<br />
Desculpa acabar com suas ilusões...<br />
Mas nem toda a maconha do mundo<br />
vai dar jeito.<br />
E se você continuar procurando outside<br />
É melhor dar um tiro no peito.<br />
Dói menos.<br />
<br />Isabela Cabralhttp://www.blogger.com/profile/15656849232221871303noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6307283095819149054.post-40738815661550188762011-11-09T03:16:00.000-08:002011-11-09T03:21:46.910-08:007:30<span class="Apple-style-span" style="background-color: black; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px;">O vento toca as árvores coloridas pela primavera.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="background-color: black;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="background-color: black; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; text-align: left;">Em algum lugar você vê árvores</span><br />
<span class="text_exposed_show" style="background-color: black; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; text-align: left;">e eu não sei.<br />
Talvez pense em mim<br />
Talvez nas árvores<br />
Elas dançam com o vento<br />
são verdes e vivas<br />
e o céu é de um azul limpo.<br />
É LINDO!<br />
<br />
A aparente primavera<br />
apagando meu inverno crônico<br />
e cinza.<br />
<br />
Eu preciso ir embora.<br />
Depois dela<br />
Você reina no verão<br />
Pode ser que eu volte<br />
quando as folhas caírem secas<br />
no outono<br />
E comece tudo outra vez.<br />
<br />
Pode ser que chova<br />
pode ser que não.</span>Isabela Cabralhttp://www.blogger.com/profile/15656849232221871303noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6307283095819149054.post-38620132190638172092011-01-20T03:50:00.001-08:002011-01-20T03:50:05.297-08:00Arte-desabafo<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">A vida não imita a arte.</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Arte é DE-SA-BA-FO!</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><br />
</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Expressão!</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Nos</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Apropriamos</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">do mundo</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">e o mostramos</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">pro-</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">ces-</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">sa-</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">do pelas nossas retinas.</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Representação!</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><br />
</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Meu desabafo</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Se alguém vier</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Um dia, talvez,</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Chamar arte</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">É resultado da minha interpretação do mundo.</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">É um universo por mim em letras, vírgulas</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">E pontos.</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><br />
</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Minha arte imita apenas, só e somente</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Minha vida</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Por isso é tão desregrada</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">agonizante</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">mal amada</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">feia</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">seca</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">tão vazia.</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><br />
</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Não, não! A vida não imita a arte</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Se imitasse</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Eu não seria eu.</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Eu seria um girassol</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Triste-louco-solitário-louco-cansado-louco-amarelo-louco-doido-louco-perdido-louco-sem-sol-louco-sem-você-morto.</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Um girassol num quadro de Van Gogh.</div>Isabela Cabralhttp://www.blogger.com/profile/15656849232221871303noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6307283095819149054.post-37355542875773934372010-12-12T13:13:00.000-08:002014-04-12T17:17:24.292-07:00BuarqueandoÁcida, fria e assentimental, paradoxalmente com uma alma do eu-lírico feminino buarqueano, sambando e amando Nicanores, amarrada em seus nós de marinheiro, levando sorrisos, retratos, trapos, pratos, de alguns; cantando estribilhos, embalando os filhos de outros; saindo de bar em bar, falando besteiras e me enganando... Esquecendo tudo com ainda outros que chegam arrancando páginas dentro de mim; ensinando todos a não andar com os pés no chão, pois para sempre é sempre por um triz. Acidez, frieza, tudo máscara, maquilagem... na verdade, nos meus olhos fundos, guardo tanta dor, a dor de todo esse mundo e um medo, medo de sofrer e amar um outro Nicanor e viver perguntando por aí por onde ele anda. Às vezes, ele passa ali pela janela, tudo passa pela janela, o tempo, e só eu não vejo. Vivo jurando que tenho coração. Não me apedrejem, ou cuspam, sou tão coitada e tão singela, meu amor é tão grande que não sabe onde parar e vezenquando acaba cedendo a tentações de bocas cruas. Ainda assim, malvada me penteio e não escuto quem me apela. Malvadeza é sempre medo, medo, medo. E assustada, eu sempre digo não, finjo não querer, sujo teu nome, humilho, me vingo a qualquer preço, peço que tire as mãos de mim, na verdade as desejo com toda paixão e te adoro pelo avesso, quero te chamar, mulato mole, pra dançar dans mes bras, por que tu as le parfum de la cachaça e de suor e eu adoro cheiro de homem brasileiro, assim, tropical, a quem eu quero brincar no corpo feito bailarina e nos músculos exaustos do teu braço repousar frouxa, murcha, farta, morta de cansaço. Enfim, me rendo, pois seus olhos morenos me metem mais medo que um raio de sol. Pois bem, depois de tanta buarquice, meu amigo, se ajeite comigo e dê graças a Deus.Isabela Cabralhttp://www.blogger.com/profile/15656849232221871303noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6307283095819149054.post-37284400517054461192010-10-28T08:23:00.001-07:002014-04-12T17:20:28.192-07:00MedoNão sei. Tenho a voz lenta e baixa, gosto da história do mundo, Sartre, hermetismo, chá de erva-doce e principalmente, as estrelas. Eu tento ler as estrelas, cara, e você tem medo de mim. Medo é bom? Eu morro de medo de muitas coisas, envelhecer, amar, da morte... Então eu piro, fugindo do medo, enlouqueço, depois tenho medo de mim e da loucura. É o medo que move o mundo, darling. É o medo de perder o emprego que faz o empregado obedecer ao patrão, é o medo de ir pro inferno que faz o fiel acreditar em tudo que alguém diz ser palavras de Deus e engolir esses conceitos absurdos, você teme a marginalidade e suporta essa polícia corrupta, tem medo do futuro e estuda pra ser o melhor e ter pessoas com medo de você. Eu sou puro medo, mas nem movo o mundo tanto assim. Eu só sou uma medrosa e você, você ainda tem medo de mim!<br />
Dois medrosos.<br />
Você é de terra e eu de ar, pessoas de terras são muito conservadoras, já os de ar... são mutáveis, acho que é isso que o dá medo. Hã? O que? AMOR? Não, não. Não é amor. É medo. Tenho medo dos regidos por Vênus, são possessivos e moralistas e os de Mercúrio querem voar... sabe seu ascendente? Tudo bem, depois eu descubro pra você. Eu tô com muito medo. E medo é sensualmente bom.Isabela Cabralhttp://www.blogger.com/profile/15656849232221871303noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6307283095819149054.post-11258509077359835132010-10-27T20:01:00.001-07:002010-10-27T20:09:43.733-07:00Em cacosEu odeio ser tão suscetível. Eu odeio essa facilidade de me tornar dependente das pessoas. Eu também odeio sempre falhar nas tentativas de ser forte. Odeio viver momentos tão felizes e tudo isso mudar tão drasticamente pra dias e noites solitárias e tristes. Por favor, eu peço, não me faça bem, eu nunca pedi isso, me deixe viver a tristeza e a solidão em paz. Quando você for embora, eu não vou sentir sua falta, as coisas continuarão assim, como elas sempre foram. Nenhum momento bom compensa o sentimento de perda que vai me dilacerá. Eu não busco ninguém, não me busque. Quando você me deixar, eu vou me desesperar completamente só, entende, você me entende? Eu não quero escutar que você me quer, quando você deixar de querer, a frase ainda vai martelar na minha cabeça e eu sei que eu vou acreditar em você e vou pensar: "Nunca devia ter acreditado!". Eu sou louca, você não vai me querer mais do que alguns dias e eu precisaria de mais que alguns dias.<br />Deus! Deus do céu! Como eu tentei ser forte nos últimos dias, e talvez, até tenha sido, mais até do que eu imaginava que podia ser. Pensei coisas felizes e bonitas pra que eu não sentisse a dor que tava gritando aqui dentro. Segurei, mas não posso mais, me segurei pra não chorar e não chorei. Até agora. Eu precisava, precisava que isso fosse embora e precisava aceitar, me conformar que você se foi. E que o "a gente", o "nós", nunca existiu. O que existe é o "eu" e o "você", distintos, separados e em caminhos diferentes. Ai, como você me dói. Como eu sou besta e ridícula. Ridícula, né? Vivo fazendo coisas ridículas. Taí, eu sabia que eu era fraca e besta, não foi nenhuma novidade, no entanto, o ridícula pra mim é novo. Ai, meu Deeeus! Como você me dói! Ou melhor, como eu me dôo(?), você não pode me doer, nem tá em mim, você nem tá aqui. É o "você" que não tá aqui que me dói toda. Mas, tudo bem, eu tenho força suficiente pra sair dessa, mesmo tendo sido idiota(ridícula?) o suficiente pra entrar. Deixa só eu juntar os cacos e comprar uma superbonder, ela cola tudo.Isabela Cabralhttp://www.blogger.com/profile/15656849232221871303noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6307283095819149054.post-60165154765108613102010-10-25T07:11:00.000-07:002010-10-25T07:13:07.951-07:00Querido Jonathan,Mais uma carta que você nunca vai ler. Mais uma vez eu sozinha, essa coisa de me relacionar com alguém que não seja você, é muito complicada pra mim. Meu mundo gira em torno de você, já disse tantas vezes: Você é meu sol, se o sol se apaga, a gente morre. Não me deixa, quer dizer, você nunca me deixou, nunca nem veio. Não me deixa assim, por favor. Segura minha mão e me leva ao ponto de ônibus dessa vez, não me deixa ir embora. Vamos tomar café-da-manhã juntos, eu te amo como eu não sei com quem ou o que comparar. Eu te amo. Muito. Como não se diz, <br /><br />Tua Adélia.Isabela Cabralhttp://www.blogger.com/profile/15656849232221871303noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6307283095819149054.post-8345269487882771252010-10-19T16:31:00.000-07:002010-10-19T17:09:11.597-07:00MáscaraMetade da minha vida está em papéis espalhados por um quarto super bagunçado. Sempre foi compulsivo, obsessivo, rabisca-la em pedaços de papel. Mania de achar o belo dentro de um bombardeio de desorganização que é a minha vida, tão bagunçada quanto meu quarto. Uma vida escrita com toques nojentos de sentimentalismo que eu devo ter absorvido de alguém, ou melhor, que eu deva invejar da vida de alguém. Palavra forte, essa: inveja. Acho que sempre sonhei ser sentimental e invejo quem é, me ponho assim quando escrevo. Mas, eu não sinto nada, estranho isso: não sentir nada. Na verdade, eu sinto, mas, morro de medo de admitir e é isso que eu invejo: coragem de ser fraca. Não há maior forma de humilhação e submissão do que admitir amar alguém. MEDO. Tenho sérios problemas com medo, tenho medo de ser tão ridícula e parecer apaixonada, por isso finjo amar outro, mas nem amo e todo mundo pensa que sim, não me sinto humilhada pois sei que é mentira, mesmo que os outros não saibam. Amo outra pessoa e aqui entre nós, que vocês nunca me investiguem e descubram... Mas, sinto um orgulho imenso quando cada vez mais demonstro que ele é insignificante pra mim, tenho medo dele. Se ele me amasse, eu perderia a guerra, fácil.Isabela Cabralhttp://www.blogger.com/profile/15656849232221871303noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6307283095819149054.post-21051310226785254982010-10-09T12:01:00.000-07:002010-10-10T10:16:47.136-07:0010:30Eu o liguei. Depois de tanto tempo, eu o liguei. Mandei o ego pro inferno e o liguei. Chamei-o pra comer algo e ele disse que às 10:30 me encontraria no café daquela livraria no centro do Recife, me parecia um programa tão pseudo cult, mas e daí? No dia seguinte, às 10:30, o veria de novo. A madrugada parecia uma eternidade, o sol não queria nascer, um minuto parecia uma hora. Finalmente, o sol nasceu, 5:00 da manhã, mais 5 horas e meia e o encontraria. Eu não dormira e não sentia sequer o mínimo de sono, tava eufórica, meu coração disparado... às 10:30, o veria, sentiria sua mão, seus braços me guardando, aquele cheiro de bergamota e cedro que eu reconheceria de longe, beijos, beijos, beijos, talvez. Já não tinha mais unhas, todas tinham sido roídas. Ensaiava o que iria falar, falaria "eu te amo!", finalmente. Não aguentava mais esse "eu te amo" entalado, ele precisava sair, eu precisava sair também, não aguentava mais ficar em casa, era cedo, mas, eu iria, às 10:30, seria feliz.<br /><br />Tentei ficar o mais bonita que consegui, às 10:30, eu seria feliz, enfim, seria feliz, agora sim, hoje sim. Cheguei na livraria às 9:00, não conseguia ficar em casa, nem queria fazê-lo esperar... cada segundo era um segundo a menos pra ele chegar, nós conversaríamos, tomaríamos um café e eu diria a ele que mesmo a astrologia não concordando, éramos feitos um pro outro, iguais em tudo, tudo. Éramos um. Acho livros bonitos, gosto de ler, mas não tenho paciência pra ler um só, sempre paro de ler um livro pra começar outro e depois volto, com amores é diferente, sempre o amei, e só. 9:30. Uma hora! Em uma hora, o veria. Fiquei lembrando da voz dele e imaginando a cara que faria quando eu dissesse: "eu te amo!", ele é tão lindo! 10:00.<br /><br />10:30. Fico olhando o horizonte, só esperando a hora que ele virá caminhando em minha direção. Mas, ele não vem. 10:40, talvez, o relógio dele esteja atrasado 10 minutos, a qualquer momento ele pode chegar e eu serei feliz. 10:50, talvez, o relógio dele esteja atrasado 20 minutos. 11:00, talvez o relógio dele esteja atrasado 20 minutos e o caminho para o meu encontro leve uns 15 minutos pra ser percorrido. 11:10. 11:20. Ligo pra ele, será que aconteceu algo? Ninguém atendeu. Ligo de novo, ele atende e com uma voz de sono, responde: "perdi a hora, não consegui acordar". Olhei pros lados, comecei a procurar Deus, o demônio, um santo, um orixá, um unicórnio, um duende, um anjo, uma fada, ou qualquer coisa que me desse força pra acreditar em algo outra vez. Não havia nada além de prateleiras de livros lindos e pessoas felizes. É engraçado - risos -, é melhor achar engraçado pra que a tristeza não tome conta. É engraçado, ele perdeu a hora, não conseguiu acordar e eu não dormi só por que às 10:30 ia vê-lo. 11:35, e mais uma vez, não foi hoje que eu fui feliz.Isabela Cabralhttp://www.blogger.com/profile/15656849232221871303noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6307283095819149054.post-1654542431263390502010-09-19T08:15:00.000-07:002010-09-20T07:23:22.344-07:00As cartasHoje, remexi no passado. Acordei e fui ver do que eu poderia me libertar, achei essa caixa de sapatos velha cheia de cartas destinadas a mesma pessoa. Havia poemas, declarações, desabafos... cartas com datas diferentes, algumas com a diferença de meses, outras de anos. Muitas cartas. Em uma delas eu comentava que naquele dia, eu queria ter ido... eu, sinceramente, queria muito ter ido te ver quando tu me chamaste, pouco tempo antes de tu ires embora, te explicava os motivos de eu ter enlouquecido, tinha medo de nunca mais te ver, eu tenho medo de nunca mais te ver, morro de medo de nunca mais te ver. Também confessava que te seguia, de longe... por que eu queria te ver, mesmo que fosse só o rastro, a resta... eu te segui muitas vezes. Em todas elas, eu dizia como gostava do teu cheiro, mesmo nem o conhecendo bem, não lembro se disse que te amava, não era preciso, isso sempre foi muito escancarado e eu não tinha esse direito. Amar e não poder dizer que ama, quer coisa pior? Coisa mais triste? Eu não podia, nem posso. Eu queria te dizer o meu "eu te amo" entalado, ia ser um "eu te amo" tão poderoso que era capaz de tu me amares também. Eu não tenho direito de sentir isso e tu tens o de não saber, sabendo, fingindo que não sabe. Vou dar um fim a essas cartas, não há por que guardar. Eu vou queimar e jogar as cinzas no ar das cartas que eu nunca te entreguei. Quem sabe qualquer dia desses algumas partículas delas cheguem perto de ti e tu respires e as sinta.Isabela Cabralhttp://www.blogger.com/profile/15656849232221871303noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6307283095819149054.post-42279628529532358492010-08-30T09:04:00.000-07:002010-08-30T12:58:18.226-07:00Eu sou um peixeMeu pai sempre criou peixes. Quando criança, eu via meus vizinhos, colegas de escola, com gatos, cachorros, pintinhos coloridos e eu nunca tive nenhum bichinho, só peixes. Ontem mesmo ele lavou o aquário e comprou uns peixes novos. Peixe não faz barulho, nem carinho, não tem sentimento, é sangue frio! Igualzinho ao meu pai, deve ser por isso que ele só gosta de peixe e de tanto conviver com peixes, me tornei peixe, assim, sem carinho nenhum por quem me alimenta, ou noção do bem de quem o faz me quer. Ele nasceu pra criar peixes e eu sou mais uma espécie, filha de um peixe, cercada de outros.Isabela Cabralhttp://www.blogger.com/profile/15656849232221871303noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6307283095819149054.post-22855630328665310472010-08-23T05:13:00.000-07:002010-08-23T05:51:07.667-07:00SaudadeTenho saudade<br />Não sei do que<br />ou por que. <br />Saudade de sonhar, talvez<br />e acordar com reservas de esperança.<br />Saudade de não saber<br />que o que não aconteceu <br />não aconteceria. <br />Saudade da tua voz dizendo "eu te amo"<br />dos carinhos<br />do teu corpo quente<br />do café bem forte<br />ou corpo forte e café quente<br />tanto faz.<br />Saudade da tua calma<br />dos teus olhos<br />de não pensar em mais nada.<br /><br />Dei pra pensar em outras coisas<br />não levou muito tempo<br />pras esperanças não mais se renovarem<br />e saber que sinto saudade<br />do que nunca existiu.Isabela Cabralhttp://www.blogger.com/profile/15656849232221871303noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6307283095819149054.post-74192931911316970762010-07-22T14:31:00.000-07:002010-07-22T14:41:30.413-07:00PesadeloSonho que você é meu e morre. <br />Choro.<br />Acordo.<br />Tudo era um pesadelo!<br />Graças à Deus!<br />Você não morreu!<br />Mas, também nem é meu.<br />Choro.Isabela Cabralhttp://www.blogger.com/profile/15656849232221871303noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6307283095819149054.post-76020891174868667852010-07-16T10:27:00.001-07:002010-07-25T15:52:40.639-07:00EstáticaEu devia ter ficado acordada<br />Mas<br />Passei muito tempo adormecida.<br />Anestesiada.<br /><br />Você levantou<br />Eu devia ter ido atrás<br />Mas<br />Fiquei deitada. <br />Inerte.<br /><br />Você foi embora<br />Eu devia ter levantado.<br />Preguiçosa<br />Fiquei parada<br />Atônita. <br /><br />Você desceu as escadas<br />Eu devia ter corrido atrás<br />Mas<br />Sentei<br />E me mantive sentada...<br />Confusa, imóvel.<br /><br />Pela janela<br />O vi passando pelo portão <br />Eu devia ter gritado<br />Eu te amo bem alto<br />Mas<br />Eu <br />É, eu fiquei calada.<br />Estática.Isabela Cabralhttp://www.blogger.com/profile/15656849232221871303noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6307283095819149054.post-19812699221310282582010-07-09T09:43:00.000-07:002010-07-09T10:01:41.769-07:00O dia em que o tempo parouAquele dia <br />o tempo parou.<br /><br />Eu e você.<br />O mundo parou<br />Só nós existíamos<br />Não sabia então<br />o poder que os braços de alguém poderia ter.<br /><br />Nos teus braços<br />abraços<br />e o tempo parou.<br /><br />Até mesmo o tempo<br />que não perdoa ninguém, <br />contraditoriamente,<br />cura tudo e<br />faz esquecer. <br /><br />Até o tempo <br />que é eterno<br />incessante<br />que marca<br />cada segundo,<br />milésimo,<br />milésimo de segundo.<br /><br />Até o tempo,<br />aquele dia,<br />parou.<br />Parou mais uma, duas vezes<br />Prá nunca mais parar.<br /><br />Nunca mais o tempo parou.<br />Fico esperando a hora em que o<br />tempo trará minha cura.<br /><br />Deus Cronos!<br />Faz-me esquecer das pausas do tempo.Isabela Cabralhttp://www.blogger.com/profile/15656849232221871303noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6307283095819149054.post-89065763715946219422010-06-12T18:24:00.000-07:002010-06-12T18:27:28.199-07:00Eu te amoEu preciso dizer.<br />Faz tempo...<br />Eu preciso dizer<br />Mas, é... bem...<br />Sabe eu?<br />Bem, eu<br />Eu preciso respirar, espera<br />Bem... Eu...<br />Gosto muito de...<br />Água! Vou beber água<br />Espera.<br /><br />Como eu tava dizendo...<br />Sabe eu?<br />Eu... quer dizer...<br />Sabe você?<br />É, você!<br />Você é, bem...<br />Quer dizer, eu sou.<br />Na verdade não é ser<br />É estar, eu estou...<br />Vou acender um cigarro, quer?<br />Espera.<br /><br />Bem, é o seguinte...<br />Nós, é, nós. <br />Nós somos<br />Não!<br />Nós estamos, quer dizer<br />Eu estou...<br />Diferente, é, eu estou estranha.<br />Eu não sei.<br />Vou respirar de novo, só um segundo agora<br />Espera.<br /><br />Esquece tudo o que eu falei<br />Vou tentar de novo<br />Mas, agora<br />Quero que você olhe nos meus olhos<br />Já disse que seus olhos são lindos, não é?<br />Bem, olha nos meus olhos!<br />Nossa! Hoje...<br />Eles estão mais lindos do que nunca!<br />Poderia ficar olhando assim pra eles<br />Pra sempre, mas<br />Bem, preciso dizer<br />É... me abraça?<br />Mais forte?<br />Não me solta?<br />Bem, na verdade<br />Acho que é isso...<br />A parte do não me solta, saca?Isabela Cabralhttp://www.blogger.com/profile/15656849232221871303noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6307283095819149054.post-5902342001655928262010-05-23T08:27:00.000-07:002010-05-30T07:15:38.110-07:00Válvula de escapeEu quero mesmo é viver<br />Nem bem, nem mal<br />Quero só viver<br />Desprendida de todos os desejos de felicidade<br />Com memória descartável<br />E o agora que é passado<br />antes que você chegue no ponto final<br />Quero aproveitar ao máximo esse sopro de Deus<br />seja ele o que for...<br />seja eu, deus. <br />Quero quebrar a cada milésimo de segundo<br />a vidraça finíssima do momento presente<br />Tão frágil, quase imperceptível<br />que a gente sai quebrando todo dia <br />e nem percebe.<br />Eu quero ver minusciosamente<br />a vidraça - tão fina que parece película -,<br />sendo estraçalhada<br />analisar cada minúsculo detalhe<br />ver seus cacos cortando meus pés...<br />Quero sangue no meu agora<br />Paixão e dor!<br />Ou um amor calmo e recíproco, quem sabe<br />Pra pôr fim a esse amor por alguém <br />que a memória descartável não descarta, nunca.<br />Há bilhões de pessoas no mundo pra serem amadas<br />Preciso encontrar uma<br />antes que eu enlouqueça<br />Preciso achar a cura pra o meu agora solitário<br />Cuidar das feridas<br />Esquecer o passado e futuro<br />Viver!<br />A vida está acontecendo, darling<br />Vê se aprende!<br />Preciso achar quem(?)<br />Eu achei, mas não o acho nunca.<br />Por isso eu ainda escrevo<br />pra não cair de vez<br />na loucura.Isabela Cabralhttp://www.blogger.com/profile/15656849232221871303noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6307283095819149054.post-49119611183171285452010-05-15T10:28:00.000-07:002010-07-09T09:58:38.968-07:00Declaração ao vinho baratoQuando entras em mim<br />causas tempestade<br />Quando corres em minhas veias<br />Até correr, eu corro.<br />Se já não sou normal sem ti<br />Sou menos contigo<br />Se já sou pervertida sem ti<br />Contigo, sou a puta mais baixa<br />do mais baixo cabaré.<br />Se falo alto sem ti<br />Contigo, nem preciso de microfones<br />Queria aderir a todas noções da moral cristã<br />Mas, é contigo que<br />De fato<br />Sou.<br />Pois, tu me consolaste<br />Desde o dia que ele se foi<br />Contigo, sou mais eu<br />meus desejos<br />minha carne.<br />Pois, contigo<br />esqueço ele.<br />Contigo...<br />Sou de todos os outros.Isabela Cabralhttp://www.blogger.com/profile/15656849232221871303noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6307283095819149054.post-56298437634701846132010-05-11T19:52:00.000-07:002010-05-11T20:01:48.410-07:00Vamos indo...Vamos embora<br />Vamos embora daqui<br />O nosso desejo atingiu o limite<br />Do que se pode ser feito<br />e visto em/pelo público. <br /><br />Vamos indo<br />Fujamos!<br />O teu desejo já é<br />tão forte<br />querendo explodir.<br />Ninguém precisa saber de nós.<br />Vamos indo.<br /><br />Corramos dos olhos alheios<br />Corramos do pudor<br />Saiamos da luz<br />Fiquemos cegos no escuro<br />percorrendo com mãos os lugares mais<br />obscuros dos nossos corpos. <br /><br />Quero tua língua <br />descobrindo minhas brenhas mais inexploradas<br />E o som da tua voz<br />balbuciando algo que<br />devido a tua respiração ofegante<br />não consigo decifrar.<br /><br />Vamos indo<br />A vida é agora<br />O amanhã não existe<br />Esta noite, temos um ao outro<br />Sejamos os melhores amantes<br />mais bem-amados.Isabela Cabralhttp://www.blogger.com/profile/15656849232221871303noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6307283095819149054.post-75430673761118436622010-04-21T18:45:00.000-07:002010-04-21T18:52:52.317-07:00Sobra nada pra alguémEu poderia procurar alguém<br />Poderia, então, achar alguém<br />Tentar amar alguém<br />Ao menos, gostar<br />Eu poderia gostar de alguém.<br /><br />Eu poderia me entregar a alguém<br />Dar chance a alguém<br />Segurar a mão de alguém<br />E esperar que não solte<br />Caminharmos além<br />Para o horizonte esperando alguém<br />e eu.<br /><br />Mas, não quero<br />falar as poesias<br />os "eu te amo tanto"<br />as declarações mais lindas<br />ensaiados milhares de vezes no espelho.<br />Não quero que seja de alguém <br />O que foi feito pra você. <br /><br />Eu poderia dar meu coração a alguém<br />Então, fazer poesias<br />ensaiar "eu te amo" e declarações pra alguém.<br />Mas, eu não tenho poder <br />sobre o que não é meu.<br />E meu coração,<br />muito "bregamente",<br />é seu<br />E você nem sabe<br />Ou não acredita.Isabela Cabralhttp://www.blogger.com/profile/15656849232221871303noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6307283095819149054.post-25203225052805838152010-04-13T11:09:00.000-07:002010-04-13T11:16:18.341-07:00Pra rimar com amorInconscientemente<br />Não gosto de versos brancos.<br />Sem que eu perceba<br />Faço rimas que não desejo<br />Tive chances de combinar<br />amor e estabilidade<br />amor e companheirismo<br />amor e felicidade<br />Mas, teimo em rimar<br />amor e dor.<br /><br />Se não há dor<br />não há amor<br />pra combinar<br />ou rimar<br />com nada.<br />Amar é sofrer.<br />Amor que não dói<br />some.<br />Nem lembrado é.<br />MORRE.<br />E deixa nada.Isabela Cabralhttp://www.blogger.com/profile/15656849232221871303noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6307283095819149054.post-51024533673981318822010-04-12T20:31:00.000-07:002010-05-24T07:40:42.163-07:00Das duas, uma...<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; ">Morro de medo de descobrir<br />que tu és invenção minha.<br />Se teu cheiro é inventado,<br />Se tua voz é inventada,<br />Se teus olhos foram inventados,<br />Se o jeito que te moves é inventado,<br />Se todo este sentimento é inventado,<br />Se és vertigem,<br />Se a tua não-existência me anula...<br />Meu Deus!<br />Das duas, uma...<br />ou sou louca<br />ou sou poeira.</span><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; "><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family:Verdana, Arial, sans-serif;font-size:100%;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 12px;">Inspirado pelo texto de 29/03/2010:</span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family:Verdana, Arial, sans-serif;font-size:100%;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 12px;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:Verdana, Arial, sans-serif;font-size:100%;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 12px;">Não importa mais os que os outros possam pensar de mim. Os rótulos que possam me dar, deixei de me preocupar com isso desde que eu percebi que não há formas de te roubar pra mim. Ser agradável e politicamente correto não me ajudaria nada. Eu perderia vida, só. Ando morrendo pouquinho aqui, pouquinho ali. E não me importa que eu morra, um dia todos vão... todos caminham nessa, pra mim, longa estrada com o mesmo destino. Eu apresso o passo por não querer caminhar sem esperança de esbarrar na tua caminhada. Excedo por que sei que não me apoias, nem recriminas, não fazes nada, não pensas nada e só o que pensas me interessa. Não há mais nada! Nunca houve. Tenho pra mim que todo o filme rodando na minha mente foi vertigem, pode até ser que sejas vertigem, eu seja vertigem também! Lembrança viva de alguém vibrando no espaço, lembrança muito viva, morta sem ti - odeio ti-, lembrança que não morre pela vivacidade que alguém a deu. Lembrança de algo que não existiu, ou que existiu mas, não da forma que é lembrada. Então, se foste criado por mim que sou lembrança de alguém, tu não existes. Se pensar na tua não-existência me anula, como eu vou existir? Meu Deus! Meu Deus! Eu sou poeira.</span></span></div>Isabela Cabralhttp://www.blogger.com/profile/15656849232221871303noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6307283095819149054.post-60155306224963921042010-04-11T15:18:00.001-07:002010-04-11T15:18:35.841-07:00Despedindo-se pra nunca mais<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; ">Destrua seu corpo<br />Aproveite o máximo<br />de prazer<br />que a caixinha da sua alma<br />possa oferecer.<br /><br />Embriague-se<br />Ponha a prova seu fígado<br />E a ética.<br /><br />Drogue-se<br />Fique torpe<br />E viaje dentro de si.<br /><br />Ame!<br />Ame todos.<br />Por fim, escolha alguém<br />E transe só com essa pessoa<br />Até o fim da sua vida.<br /><br />Case-se<br />Tenha cinco filhos<br />Chame a primeira menina: Isabela<br />Lembre de mim<br />Toda vez que gritar por ela.<br />Peça a Deus pra sua Isabela<br />Nunca parecer comigo<br />Nem com você.<br /><br />Morra!<br />Morra com a paz de ter vivido<br />Se destruído,<br />Se embriagado,<br />Se drogado,<br />Amado,<br />Casado,<br />Procriado<br />E sido tão bem amado<br />por Isabelas.</span>Isabela Cabralhttp://www.blogger.com/profile/15656849232221871303noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6307283095819149054.post-20577705875249569352010-04-04T12:38:00.000-07:002010-04-04T14:00:08.054-07:00Freud explicaPonha-se exposto<br />Fale-nos da sua vida<br />Confesse seu gosto<br />Conte seus problemas<br />Peça-nos ajuda<br />Faremos o que pudermos<br />Pra acabar com seus medos.<br /><br />Se não trouxermos a cura<br />Não fique assim!<br />Não queira a cura.<br />Ao menos satisfação terá<br />Não se envergonhe da sua libido<br />Viemos aqui pra escutar<br />Fazer<br />Sofrer<br />Pra amar<br />Dar prazer<br />A eles, a nós, a você.<br /><br />Pergunte-nos<br />Temos todas as respostas<br />E todas as perguntas.<br /><br />Encontre-se em cada um<br />Dentro de cada um<br />Dos nossos cada um<br />E se ainda estiver perdido<br />Pergunte-nos de novo<br />Também temos dúvidas<br />Então, encontre-se em nossas dúvidas<br />Pois, pras perguntas não respondidas...<div>Freud explica, baby.<br /><div><span class="Apple-style-span" style="font-family:Verdana, Arial, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: -webkit-xxx-large;"><br /></span></span></div></div>Isabela Cabralhttp://www.blogger.com/profile/15656849232221871303noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6307283095819149054.post-20376844177870622252010-03-31T20:12:00.001-07:002010-04-12T20:11:20.233-07:00rápido e suficiente<div style="text-align: justify;">Não vou tentar mais, eu desisto pela última vez. Cansei de desistir sempre. Mas, eu sei que você vai me beijar esta noite, este sonho. Amanhã eu vou acordar com os olhos brilhando e com as esperanças renovadas. Te amo, Jonathan. Tanto! Você nem sabe, ninguém sabe o que eu já pensei por você. Ninguém. </div>Isabela Cabralhttp://www.blogger.com/profile/15656849232221871303noreply@blogger.com0