terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Um pouco de ilusão otimista

Acordei
Ainda não parei pra pensar o quanto isso é ruim
Mas, acordei.
Não tem ninguém aí fora
Ou aqui dentro.
Casa vazia.
Cama vazia.
Mãos frias e vazias.
É tudo branco aqui
As paredes, os lençóis
A camisola.
Eu gosto e não gosto de tudo branco.
Gosto por que me sinto leve
Não gosto por que parece hospital
Fechado, assim, parece manicômio.
A Rádio toca uma canção antiga
Não antiga em mim
Antiga mesmo, velha.
The guitar man...
Cantarolo, canto
Sempre canto
Desde muito pequena, canto
Nem bem, nem mal
Só canto.
“He can make you laugh
He can make you cry
He’ll will bring you down
Then he’ll get you high...”

Cigarro, cigarro.
Preciso de cigarro.
Amo tanto você.
Você nunca leu nada que eu escrevi
Nem lembra de mim, eu acho.
Como o amo!
Amo tudo que vem de você.
Até essa ausência , eu amo!
Por que é sua e contemplo como fosse algo digno de adoração.
E o espero
Mesmo sabendo que é em vão.
Espero como ontem
E sempre.
“Who’s on the Radio, You go to listen
To the guitar man...”
Eu amo você.
Vou esperar.
Talvez, não chegue. Não, nessa vida.
Mas, você vai chegar.

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